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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BALOICEI A CADEIRA, ADORMECI... Poema de Natália Nuno // Voz e leitura de: Vóny Ferreira

Não há caminho de volta
Uma hora mais e o Sol se vai
Ao longe a lua e a minha alma se solta.
Na monotonia, já cai.
Meus pensamentos fazem a travessia
A noite vem e cai o dia.
Foi como um pássaro que voando,
este dia, que a noite traz?!
Assim me fosse deixando,
Sem descanso, de relance, fugaz.

E assim a vida é como fio de cascata
Hesitante, ora de ouro, ora de prata!
Vou-me deixando embalar...
Hoje? Meu pranto não foi além dum soluço
Com sabor a passado, fiquei a recordar.
Em mais um sonho me debruço.
Fechei os olhos, baloicei a cadeira
Bamboleei o pensamento devagarinho, devagar.
Até que chegou o momento em que à lareira
Ao colo de minha Avó, o frio chegou a passar
Chega o eco da sua voz aos meus ouvidos
Ainda sinto o calor dos seus braços
Ritual adormecido nos meus sentidos,
Retido na escuridão do meu espaço.

Enquanto meu coração bater
Esta lembrança, vou reter!
Este caminho está sem volta!?
Minha alma já se solta.
A meninice ficou para trás.
Hoje? Passou o dia,
por cima do meu ombro, fugaz!
Me encolhi...
Baloicei a cadeira, adormeci.

                                                             Natália Nuno (Rosafogo)

2 comentários:

Unknown disse...

A Poetisa Rosafogo, (Natália Nuno, é para alem de uma excelente amiga uma das pessoas mais genuínas a escrever os seus versos rimados e profundos.

Com eterna admiração aqui fica este vídeo onde procurei dar vidas aos sentimentos da Poeta.

(VÓNY FERREIRA)

V.Cruz disse...

Belíssima composição da Natália na tua voz ganha vida, sente e sangra!
Bjãooo
V.