Como te posso ver se já não tenho olhos?
Se os lábios são colinas gretadas e longínquas?
Se as minhas mãos foram pára-raios muitas vezes
Nas tempestades da vida em que fui o rio errante
A galgar margens e estradas com pressa de ternura?
Amálgamas de conchas morreram nas minhas mãos
Em cada verso que escrevo na escuridão da noite…
Sem mar nem céu para lhes atenuar o desnorte
Sem lua ou estrelas para que bóiem nas ondas
Dos cabelos das palavras que depenam a minha sorte!
:::::::::::::::::::::::::: :::::::::::::::VÓNY FERREIRA
2012````````````````````M. Ivone B.S.Ferreira
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